Autoridades, especialistas e pais debatem políticas públicas para pessoas autistas
Audiência foi proposta pelo vereador Prof. Adilson (PL), por meio do Requerimento nº 1221/2022
Em Audiência Pública (aberta à participação dos cidadãos) realizada nesta quarta-feira(26/abril), com transmissão ao vivo pela TV Câmara (canal 31.3, Facebook e Youtube), autoridades e especialistas debateram Políticas Públicas para pessoas Autistas de Barretos.
O tema foi proposto pelo vereador Prof. Adilson (PL), por meio do Requerimento nº 1221/2022.
O mês de abril é o Mês da Conscientização do Autismo, também conhecido como Abril Azul. O objetivo é aumentar a conscientização sobre o autismo e promover a inclusão das pessoas autistas.
FOTOS DA AUDIÊNCIA NO FIM DA PÁGINA
Fizeram parte da Mesa de Debatedores: a Presidente da AMA - Associação Amigos dos Autistas , Sandra Tadini; o especialista em políticas públicas para autistas e fundador da "Adapte Educação", de Vinhedo/SP, Emanuel Santana; a Secretária Municipal de Educação, Jéssica Maria dos Santos; a advogada e representante da Comissão de Adoção da OAB - 7ª Subseção, Jéssica Florêncio; Valter Benevides Lopes (pai de criança autista); e o advogado José Roberto (pai de criança autista). O médico Dr. Diogo Dias do Prado, não pode estar presente na Audiência, mas enviou um vídeo contanto as experiências com o filho autista.
A Audiência foi conduzida pelo vereador Prof. Adilson (PL) e contou com a participação do vereador Dr. Raphael Oliveira (PP).
Vários pais e mães de crianças autistas também compareceram à Câmara para assistir às apresentações e compartilhar experiências.
Como resultado da Audiência Pública, ficou decidido que as principais demandas são: a criação do "Centro de Autista"; a disponibilização de cursos de capacitação para pais e professores; o agendamento de reunião com a Prefeita; a busca de informações sobre o terreno próximo à AMA (Associação Amigos dos Autistas) para futura ampliação da entidade; a sugestão aos vereadores para destinar parte das emendas parlamentares à AMA; a oferta de vagas de trabalho para pais de autistas; o apoio jurídico aos pais para acesso à remédios de alto-custo; e a criação de uma comissão permanente formada por representantes da sociedade para analisar políticas públicas aos autistas.
SOBRE O TEA - TRANSTORNO DO ESPRECTRO AUTISTA
O transtorno do espectro autista (TEA) se refere a uma série de condições caracterizadas por algum grau de comprometimento no comportamento social, na comunicação e na linguagem, por uma gama estreita de interesses e atividades que são únicas para o indivíduo e realizadas de forma repetitiva. O TEA começa na infância e tende a persistir na adolescência e na idade adulta. Na maioria dos casos, as condições são aparentes durante os primeiros cinco anos de vida.
Indivíduos com transtorno do espectro autista freqüentemente apresentam outras condições concomitantes, incluindo epilepsia, depressão, ansiedade e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). O nível de funcionamento intelectual em indivíduos com TEA é extremamente variável, estendendo-se de comprometimento profundo até níveis superiores.
Embora algumas pessoas com transtorno do espectro autista possam viver de forma independente, outras têm graves incapacidades e necessitam de cuidados e apoio ao longo da vida. As intervenções psicossociais baseadas em evidências, como o tratamento comportamental e os programas de treinamento de habilidades para os pais, podem reduzir as dificuldades de comunicação e comportamento social, com impacto positivo no bem-estar e qualidade de vida das pessoas com TEA e seus cuidadores.
As intervenções para as pessoas com transtorno do espectro autista precisam ser acompanhadas por ações mais amplas, tornando ambientes físicos, sociais e atitudinais mais acessíveis, inclusivos e de apoio.
